sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Empresas criam Produtos Verdes de fachada



No meio do ano tivemos um caso de greenwashing (marketing verde) envolvendo a proibição pelo Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária (CONAR) da propaganda da marca Bombril S.A, solicitada por outras empresas que se sentiram prejudicadas após a propaganda. No informe publicitário o personagem cita que a nova lã de aço era 100% ecológica, porem ao puxar a Ficha de Informações de Produtos Químicos (FISPQ) oferecida pela própria empresa no site datada de 27 de novembro de 2007 e comparar com a nova versão vemos que não há diferença, a composição é a mesma, sendo ainda que nessa ficha é citado o impacto ambiental que pode ocorrer como contaminação de solo e rio, não constando nada a respeito de uma decomposição mais rápida do produto, fato esse que é citado na peça publicitaria ao comparar com demais lãs de aço e ate mesmo esponjas.


De acordo com o biólogo Ronaldo de C. Augusto o greenwashing é uma estratégia de marketing ambiental para aumentar as vendas das empresas, que aproveitam também à preocupação de seus consumidores com a sustentabilidade, além de chamar à atenção para seu produto. O biólogo afirma que podemos encontrar ecoprodutos hoje no mercado, porem em números menores. O que se torna comum é acharmos uma quantidade maior de produtos que causam um impacto menor ao meio ambiente, como por exemplo, uma garrafa de água que utiliza menos quantidades de plástico e que é apresentada por seu fabricante como um produto sustentável, sendo que não é.

Atualmente não temos no Brasil normas nem regulamento que especifique a composição para que um produto seja considerado ecológico. Contamos apenas com o ISO 14000 que fiscaliza uma gestão ambiental mais confiável, acompanhando desde a produção do produto, seu ciclo de vida e os impactos que ocorrem através dele no meio ambiente

0 comentários:

Postar um comentário